(Em um lugar onde os pensamentos podem florecer)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Lapso

Perguntei-me se em algum dia de aula dele eu iria ficar normal , sem essa cara de palesma que sempre ficava. Ele tinha uma inteligência indescutível , uma voz de veludo que fazia a aula entrar suave em minha mente. Um humor contagiante que atraía todos como um ímã , ficava impossível não entrar em sua atmosfera. Todos giravam em uma msma órbita.
Havia um outro detalhe que , particularmente , me perturbava: Ele era absurdamente lindo. Não sei se ele tinha alguma noção disso ou se simplesmente ignorava esse tipo de futilidade. No auge dos seus 30 anos isso não mais importava. Ele tinha a posse de um sorriso incomparável , de paralizar só de olhar. O que me restava era fiar olhando como uma débil para sua face de marfim. Uma mania ridícula. Argh.

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